sábado, 9 de janeiro de 2010

CÃES INVADEM CASA E ATACAM DOMÉSTICA

Uma empregada doméstica passou por momentos de terror quando foi fazer a limpeza de uma das casas de seus patrões, na rua Congadeiro José Benedito, na manhã da última quinta-feira (7). Ela foi atacada por vários cães que haviam invadido a residência. Marilene Aparecida Pinheiro, 35 anos, levou várias mordidas e também sofreu arranhões, provocados pelas garras dos animais (leia mais abaixo do vídeo).



A situação só não ficou mais grave porque seu tio Valdir dos Santos, mais conhecido por "Serraia" e que é vizinho da casa onde ocorreu o ataque, ouviu seus gritos e correu para socorrê-la. Ele afugentou os cachorros e conseguiu ajuda para levá-la ao Hospital. A patroa da vítima, Glaucimeira de Oliveira, foi quem registrou o Boletim de Ocorrência na Delegacia.
O JPF foi ao local do ataque e conversou com Valdir. Segundo ele, a rua é constantemente invadida por matilhas, principalmente quando surge na região alguma cadela no cio, e o número de cães é aumentado quando animais que têm donos conseguem escapar para também perseguir a fêmea. Foi exatamente isto o que aconteceu naquela manhã, quando vários cachorros se juntaram por causa dos feromônios de uma grande vira-latas.
Quanto ao ataque, "Serraia" disse que nunca havia visto algo igual. "Quando cheguei ao local, minha sobrinha estava rodeada pelos cachorros, e não dava nem pra dizer qual deles a mordia mais. Só mesmo muitas pauladas para conseguir tirá-la de lá".
Nossa reportagem percorreu a região e encontrou três dos cães que atacaram Marilene, entre eles a cadela citada pela testemunha. No entanto, a familia da empregada doméstica afirma que outros animais foram recolhidos e escondidos pelos donos. "Havia um cachorro amarelo, muito grande, que com certeza tem dono. Ele sumiu depois de toda a confusão, assim como outros que estavam no ataque", disse Valdir.
No Hospital, conseguimos conversar com a vitima, enquanto ela esperava pela consulta que definiria a sua liberação. Marilene mostrou os ferimentos sofridos e disse que a residência na qual iria fazer a faxina é uma casa de festas, alugada frequentemente para terceiros pelos seus patrões, para quem ela trabalha há dois anos. Ao chegar no local, ela não se preocupou ao ver a matilha perto da piscina. "Vi os cachorros, mas não me importei,porque é muito comum este tipo de coisa na rua. De repente, eles vieram pra cima de mim, me derubaram e começaram a morder e arranhar.
A empregada disse ainda que todos os cachorros, em torno de oito, a morderam. Animais mostrados à vítima por nossa reportagem foram reconhecidos como sendo componentes da matilha que a atacou. Ela apontou um pequeno cão, que insistia em se esconder debaixo de um carro e rosnar a cada aproximação de nossa reportagem, como sendo o "lider" do grupo, já que sempre tomava a iniciativa nas investidas.
Após ficar durante todo o dia em observação e de tomar as vacinas comumente aplicadas em casos de ataques de animais, Marilene pôde voltar para casa, após passar pela avaliação do médico de plantão.

Monitoramento

Nossa reportagem conversou, por telefone, com a Vigilante Sanitária Elaine Noronha Petta sobre o caso. A servidora informou que estava de férias, mas repassou importantes dados sobre o caso e se pôs à disposição para esclarecimentos.
Elaine disse que dificilmente cães de rua ferem pessoas, mesmo quando invadem quintais. Segundo ela, este tipo de ataque só acontece quando há realmente animais que têm donos na matilha, pois eles estão acostumados a defender o espaço onde vivem e, instintivamente, o fazem em qualquer lugar que estejam.
A Vigilante citou como exemplo o cãozinho que foi apontado como o mais agressivo do grupo. "A postura dele é a de um animal que mora em algum lugar, que pertence a alguém", disse, ao ser informada que o pequeno sempre se abrigava debaixo de um carro e só saia quando via o seu espaço invadido ou algum outro cachorro se aproximava da cadela que estava no cio.
Questionada quanto a necessidade de se capturar e manter sob monitoramento os animais que feriram Marilene, Elaine informou que entraria em contato com os membros de sua equipe para que fossem tomadas as devidas providências quanto ao assunto.

Um comentário:

Anônimo disse...

entao, cade a policia pra investigar isso,os donos tem que ser punidos, pagar pelo menos 1 salario minimo de indenizacao pra essa senhora que estava trabalhando; que agora tera gastos e dores por causa desses vira latas pocofundenses...
vamos agir pessoal isso nao pode e nem deve ficar sem uma punicao